terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

COMPANHEIRA ALEGRIA

  Se você anda meio triste, deixa eu te contar que assim como, as vezes, as chuvas que vem fortes e derrubam árvores e destelham casas um hora passam, a tristeza que destelhou sua alma também vai passar.    No início pode parecer que não vai conseguir.
Suas coisas e lembranças tão perfeitas bem arrumadinhas em prateleiras de repente se encontram esparramadas e destruídas por essa chuva interior te levam a pensar que nada será melhor nunca mais.        Como sair na rua e ver o sol, antes tão lindo e que agora parece que brilha sem calor?
 Como olhar o céu azul sem imaginar as nuvens negras que chegam de repente?
 Os dias perdem mesmo a graça e você olha pra sua cama e decide que ela é a melhor coisa que já inventaram. Sair de lá pra que...
 Seu pensamento, teimoso vai longe e procura suas amigas. Afasta, rápido! Elas vem com conversas consoladoras e você, decididamente não está preparada. Ele vai das amigas às ruas e lojas e sorveterias... É. Triste você pensa em sorvete. Porque não pensa em alface com tomates? Porque principalmente o sorvete te lembra... ah, deixa pra lá.
 Dormir. Você só precisa dormir. De novo. Porque logo o dia acaba, a noite vem e a rotina chega.
 Dormir e de novo acordar. Capriche na maquiagem e na roupa. São por enquanto, seus melhores guarda- chuvas pra esses dias de tempestade interior. E não se esqueça do cabelo. Sabe, né. São sua moldura.  Falando sério, capriche também no sorriso, nem que precise correr na farmácia mais próxima e comprar o creme dental ultra mega branqueador, do momento. Sorria no espelho. Maquiada pra vida saia de casa e enfrente o sol que está sim, bem gostoso. E olhe pro céu porque as nuvens vão voltar a ameaçar seu dia, seu ânimo e sua determinação de chamar sua alegria companheira que está lá escondidinha querendo sair ao seu lado. Juntas, você e a alegria vão pisar as poças da chuva e se refrescar como criança que não tem medo de nada e tem o mundo pela frente.

Por Irma Brazil

sábado, 4 de fevereiro de 2012

JARDIM DE INFÂNCIA


Esse não é um Blog só de histórias que invento na minha cabeça.
São historias também de fatos reais, de sentimentos meus, coisas minhas que gosto de escrever mas que fantasio também, colocando uma pitada de ficção, um

pensamento ou uma vontade de outras mulheres reais ou das histórias que a gente lê e ouve por aí. Sempre tem a influência de um livro que estou lendo ou relendo, ou de algum artigo que li numa revista ou alguma musica que escutei e dei asas...
Fazia um tempinho que não colocava aqui um relato do dia a dia.
Pois bem, ontem preparei um café da tarde para as meninas do Jardim de Infância.
Ainda não as tinha recebido em casa esse ano e nem depois que tinha pintado a casa.
Ja sabem né, mas não custa repetir que elas são a Sara Cristina Barreto
Maia, minha segunda amiga aqui em Maringá...isso lá em 1986. A Maria Antonia Lamberti que a gente e o mundo todo só chama de Tuca...que conheci depois, mas nessa mesma década de 80, também através dos trabalhos no Colégio Santo Inácio. E a Sonia Aguilar Maia que eu já conhecia através da Sara, da família do meu Zé, (eu falo meu, porque o marido da Soninha também é Zé) pois foram vizinhos na juventude, mas que só firmamos amizade agora. Mas é como se nós quatro fôssemos amigas de infância, então nos apelidamos de Jardim de Infância como eram chamados as Pré Escolas no nosso tempo.
Pois então, a Soninha veio mais cedo, porque estava resolvendo umas coisas aqui pros meus lados. Chegou esbaforida de calor e doida pra conversar. Chegou toda linda e bronzeada pelos dias que passou na praia com o seu Zé e uma parte da família. Ficamos ali papeando esperando as outras chegarem. Sarinha disse que se atrasaria um pouco, sei lá porque, devem ser coisas de mãe. E a Tuquinha já estava no Colégio recebendo o material dos alunicos dela. Chegaria também um tiquinho mais tarde.
De repente chegaram as duas e o quarteto ficou completo.
Se foi muito bom? Devo dizer que foi ótimo, porque sempre é ótimo.
Até deixamos o meu Zé participar "um cadinho". Ele chegou ainda estávamos na mesa comendo, rindo e fofocando da nossa própria vida e da alheia também mas sem maldade. É verdade, pode acreditar. Somos verdadeiras Ofélias e "só abrimos a boca quando temos certeza!" rsrsrsrs...
Falamos sobre coisas tecnológicas que ainda não dominamos e que as crianças parecem terem nascido sabendo hoje em dia. Falamos de quando vimos um celular pela primeira vez, do quanto era grande e caro. As máquinas de datilografar elétricas que já achávamos um luxo só. As aulas de datilografia, fax, bipe, os primeiros computadores comprados em 24 prestações. E o pior é que são coisas de século passado, assim como nós. Muito bom o papo.

A temporada das férias acabara. O engraçado é que ao invés de nos encontrarmos mais nas férias, a gente se encontra menos. Uma viaja no inicio do mês, outra no meio outra no fim. E as vezes nosso grupo fica incompleto, mas não ausente.
Agora que as aulas recomeçaram a gente se encontra mais certinho toda sexta-feira.
E a semana termina assim, com o fecho mais unido, divertido, mais amigo, mais compartilhado. É bom demais! Na verdade o melhor é imaginar que semana que vem ou a qualquer momento a gente volta a se encontrar.
Nessa foto a Sandra estava com a gente. Foi numa sexta feira de novembro num barzinho delicioso. Tuca, Sara, Sandra, eu e Soninha.

Por Irma Brazil