quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CARTA PARA CARLA

pri.mo
adj (lat primu) 1 Primeiro. 2 Excelente. 3 Diz-se do número que só é divisível por si e pela unidade: Número primo. 4 Diz-se de uma obra que é excelente ou a primeira no seu gênero: obra-prima. 5 ant Aperfeiçoado, perfeito. sm 1 Parentesco entre os filhos de irmão ou irmã. 2 Filho de tio ou tia em relação às sobrinhas ou aos sobrinhos destes. 3 Designação de qualquer parente sem outra designação especial. Primos coirmãos:primos, filhos de irmãos. Primos germanos: o mesmo queprimos coirmãos. Primos segundos: V primos em segundo grau. Primos em segundo grau: diz-se reciprocamente dos indivíduos cujos pais têm entre si o parentesco de primos coirmãos. Primos em terceiro grau: diz-se reciprocamente dos indivíduos cujos pais têm entre si apenas o parentesco de primos em segundo grau.


Primos.
Minha vida é cercada por eles.
A minha infância foi de poucos primos. Tenho muitos, é verdade, mas não convivi com eles. Os por parte de mãe moravam e ainda moram em Belém, no Pará. Os por parte de pai, no Paraná, onde eu moro hoje com meu marido que é meu primo.
Meus amigos, na infância, falavam nos primos e eu não ligava muito, não. Tinha a Carla. Carla é minha prima por parte de mãe, filha única da minha tia Maria da Glória, irmã mais nova da minha mãe. Carla, afilhada do meu pai. Mais nova do que eu, convivíamos pouco, por conta de uns desentendimentos entre as irmãs. Mas a gente se dava bem.
Nunca estudamos juntas, nunca fomos a praia juntas, nem trocamos histórias e segredos. Diferente fisicamente de mim, Carla sempre foi branquinha e de cabelos claros. Riso frouxo, risada fácil. Tudo era mais engraçado quando ela ria, porque o riso dela era aquele fora de hora, incontrolável. Crescemos meio que longe uma da outra, mas quando se falava em primos, minha referência era a Carla, Carlinha.
Crescemos. Cada uma cuidou da sua vida. Casamos e tivemos nossos filhos.
E os anos se passaram...
Esses dias foram tristes pra ela...fiquei sabendo dias depois.
Queria que ela soubesse que eu me importo.
Queria que ela soubesse que sei da dor dela e também sei que dói demais e que demora a passar e que talvez não passe nunca.
Essa dor é um buraco sem fundo.
Um dia eu também fui ferida assim pela vida. No meu caso, fiz disso uma limonada, como dizem por aí.
Uma limonada deliciosa.
Mas não se esquece o azedo da dor desse limão nunca.
Carla eu tenho pensado muito em você e em te escrever. Escrever dessas cartas de antigamente com selo. Te falar da minha vida, saber da sua. Na verdade queria te ver, olhar no teu olho, te dar um abraço. Conversar pessoalmente.
Perdemos o contato.
Guarde suas historias viu, para o dia que nos encontrarmos!
Por enquanto, é isso...
Beijos no seu coração!!

Por Irma Brazil



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